Nas linhas de um desejo Me ensejo Me exponho Me pego a dedilhar Teu corpo de ilusão Na solidão do sonho Refaço meu prazer Tramo um buquê Tinjo os cabelos Talvez pra mendigar Um teu olhar Com meus apelos Na valsa em que giras Me tiras O sono Me sinto transbordar Qual nuvem de verão Sinalizando o outono Ensaio atravessar O teu andar Com riso e flores E anseio enlouquecer Sem mais porquê Sem mais temores Nas horas vadias Que tanto demoras Me pego a solfejar Teu nome em confissão Nas rimas que componho Desatas um sorriso Enfim, serei teu lar Nas tramas de outro enleio E acenas mãos de areia Então, és meu lugar Onde me abrigo, alheio