Eu vim para essa cidade atrás de riso atrás de água, atrás de fama Pus na felicidade uma engrenagem que emperra, que não anda Eu quis sinceridade nessa cidade Quem muito quer só pouco ganha E agora o dia marcha, a tarde passa, a vida é curta, a noite acanha Saturno, o que será de mim? Se o meu mundo gira rápido e ainda assim não o bastante para te acompanhar Saturno, me responda Quando é o fim dessas mudanças Que, na boa, faz um tempo eu já não lembro como é ser eu mesmo A minha mocidade escapa à face encapa a flacidez, me ganha Eu perco ignorância, troco por dúvidas, rugas e ideias estranhas Minhas expectativas partidas por uma ambição tamanha E agora o dia é ruga e a frustração caminha por minhas entranhas Saturno, o que será de nós? Se estamos surdos para escutar a própria voz Saturno me ajude a por um fim nessas lembranças Que, na boa, faz um tempo eu já não quero ser eu mesmo