Negra linda como a noite Que se estende na planura Pele macia de negra Cor de pitanga madura Só eu que sei o teu nome Nunca contei a ninguém Quem tanto quis descobrir Pois não valia um vintém Mas que florão de donzela Flor bela deste rincão Que inspira os brotos da alma Nas cordas do meu violão Negra dos meus encantos Cantos que canto pra ti Em todas outras por Dalva Mais bela que nunca vi Prenda que és linda por negra Pitanga doce num beijo Que tem dois olhos picaços Templados de lunarejo Banhando esta flor de morena Na água corrente da sanga Minha alma toda se adoça Provando desta pitanga Quando solito no rancho Floreando o meu violão Te trago dentro do peito No tronco do meu coração Assim te vou descobrindo Em cada nota floreada Te vejo então Dalva negra Com raios de Lua encantada