Secretas almas que alumbram poemas quietos que tenho Alguns nos "diz" de onde venho, em outros nem sei do que falo De algum domingo a cavalo de uma semana de estância E acumuladas distâncias, de ser campo e cantá-lo. Poetizei meus encontros e respirei todos puros Na intimidade do escuro, iluminei de esperança E atei pra sempre uma trança, com duas índias perdidas Uma materna, outra vida, com a benção de ser criança. É material este mundo e se desgasta ao tranquito Pra respirar solto um grito que a imensidão determina Pois sou mais índio que a crina e sou ouvido no escuro Encilho um potro e te juro, que a paz do escuro ilumina. Secretas almas que dormem, vivem poetas nas sombras O tempo escrito é que nombra de quem serão estes versos Pra o mundo novo eu só peço, na irmandade da cruz Que cante um canto de luz pra amanhecer o universo. Espiritual este mundo de luas, sangas e escuros Tudo que escrevo, te juro, que há de firmar esta trança Iluminando as crianças e amando índias perdidas Maternas flores da vida na luz que benze esperanças.