A tarde escondia a cara Sobre o meio de um agosto A noite estendendo o braço Me alcançava seu poncho Os últimos paus de astilla Retovavam junto ao fogo Soltando branca fumaça Quando ali alcei o vôo Assim me fui viramundo Tentando campear a estrêla Que bem aqui junto a mim Já me bastava em vê-la Mas "cuê-pucha" é a vida Pra manguear o pão parceiro Quando se é gaúcho pobre Em qualquer lado é matreiro E recostando as espaldas Que apoiei sobre o lombillo Sigo aqui tal quanto fui Sem um cavalo de tiro Quebrei queixos de cavalo Que dava gosto de vê-los Mas não tive por tropilha Tanto mais que um só pelo Viramundo, viramundo Pois de fato assim sou eu Mas tive sempre o pão nosso Pra que mais pedir a Deus.