Que mão é essa que palmeia as costas E, fingida aperta nossa mão amiga E depois oculta de maldade e sombras Trampeia verdades e exalta mentiras Que mão é essa que afia adagas Na pedra sincera de um olhar parceiro E, depois, à espádua, contamina idéias Com palavras falsas e um sentir matreiro. Eu prefiro a mão que mostra a face branca E nos bate à face com a cara à mostra Do que a garra afiada a predizer maldades Com sorrisos falsos pra campear a volta Antes a verdade, que até mesmo ofenda Que a mentira oculta e a mansidão daninha. Antes a vileza confessa e aberta Que a revolta amarga e a traição mesquinha. Antes o aporreado, malino e velhaco Que mostra nos olhos o tombo que causa Que o tombo na incerta de algum falso manso, Que esfrega o focinho na mão que lhe afaga.