No fim da curva do rio Eu vi meu barco vazio Sendo arrastado pro mar No vim da curva da vida Senti no peito a ferida Morri do medo de amar Meu barco solto sem norte Na correnteza da sorte Vagando sem paradeiro Cada trapiche uma morte Cada paixão era um corte No peito do timoneiro Meu coração era um barco No rio que hoje é um charco Da vida que atravessei Água que dá juventude É chuva que enche um açude Do amor que sempre neguei