Se me toca... gineteio Se é pra pealar também pealo Se é pra domar um cavalo Bem do meu jeito costeio Bocal, bridão, depois freio E o resto é tempo e serviço Firmo assim meu compromisso De cidadão dos arreios Não sou de beber cachaça Az vez, lá de vez em quando Tomo um gole milongueando Pra rebater uma desgraça E entre aroma e a fumaça Do palheiro perfumado Faço um "versito" rimado Pra perpetuar minha raça Sou de fronteira estendida "Criollo de pampa y cielo" Não careço de sinuelo Pra achar os rumos na vida E entre ganhas e perdidas Me considero no lucro Contando os mansos e os xucros Nos entreveiros da lida Entre a estrada e o parapeito Entre o basto e corda forte Vou arrocinando a sorte Com honra, gana e respeito Conheço bem meus defeitos E também minhas virtudes Pois elogio não me ilude Nem muda um fio do meu jeito Não dou e não peço luz Em qualquer penca ou carreira E é só me darem bandeira Que a inspiração me conduz Se eu faço o sinal da cruz Em momentos delicados É pra estar bem resguardado Na proteção de Jesus O que eu amo e valorizo É a instituição da familia Que me conserva na trilha E va ime mantendo o juízo No meu verso sintetizo O que sou e o que mereço E as coisas que não tem preço São as que mais eu preciso!