Tom: Dm Dm A7 Não crio imagens bombeando o vão das cancelas Dm Da moldura das janelas pelas frinchas dos galpões A7 Mas bem montado sobre o lombo de um cavalo Dm Botando pealo em rodeios e marcações A7 Não crio imagens dos mates ao pé do fogo Dm Envolvidos pelo jogo de alguma angústia encruada A7 Mas sim num grito pra tirar o gado da grota Dm Ou na culatra da tropa que se perfila na estrada Gm C7 Não crio imagens de campanha entristecida C C/Bb F/A Pela vida enrijecida no compasso da existência Dm Dm/C E7/B Mas da alegria e da emoção das carreiradas A7 Dm Nos bolichos beira-estrada pelos fundões da querência Gm C7 Não crio imagens na moldura das paredes Am Bb7M Embora as mesmas guardem lembranças dos meus Em7(5-) A7/C# Mas sim liberto num santo altar de coxilha A7 Dm Porque ali estou mais perto, de mim, do vento e de Deus Gm C7 Não crio imagens, que acalantem muitas almas Am Bb7M Me falta calma pra saudade e solidão Em7(5-) A7/C# Se isso for imposição, talvez nem seja poeta A7 Dm Mas a palavra direta me salta do coração Dm/C E7/B Se isso for imposição, talvez nem seja poeta A7 Dm Mas a palavra direta me salta do coração Dm A7 Não crio imagens dos momentos que não gosto Dm Pois não aposto em parelheiro perdedor A7 Se a mim me agradam as lidas de campo fora Dm Crio imagens das esporas no garrão de um domador A7 Não crio imagens de trastes dependurados Dm Nem de termos delicados, mas que tem pouco valor A7 E sim de laços, de bocal, basto sovado Dm De cachorros ensinados que "são gente" num fiador Gm C7 Não crio imagens pra chorar águas passadas C C/Bb F/A Pois enxergo meu futuro muito além dos horizontes Dm Dm/C E7/B Eu crio imagens pra que se forjem pampeanas A7 Dm Pois no sangue tenho ganas de distâncias e repontes