Da alma a força pra lutar No peito, bravura, coragem A minha estrela hoje vem iluminar Negras heroínas num cantar de liberdade Oh, luar, oh, luar Vem enfeitar a nossa noite Hoje vou exaltar Guerreiras que não se curvaram ao estalo do açoite No fundo dos tumbeiros, dói a aflição O mercado negro era a escravidão Um grito se espalha pelos ares É Aqualtune, quilombola dos Palmares Tal qual Dandara guerreira Alçou voar da pedreira E sua voz ganhou a eternidade Vibra o couro do tambor Luiza rainha conclamou Nos quitutes a revolução Vibra o couro do tambor Agotime, rainha de daomé Feiticeira de fé no Maranhão Das mãos de Firmina, palavras com graça Pioneira da raça na literatura Firmando a aliança, quebrando correntes Esperança da gente no Piauí Mariana forjando um novo horizonte Com o levante nas fazendas de Paty Felipa com seu povo anuncia O sol da liberdade na antiga Bahia Eva põe justiça no tempero Da história do Rio de Janeiro Quariterê, bastião de resistência Benguela, exemplo de inteligência Bravas mulheres a resplandecer Na festa da Independentes que hoje vem enaltecer