Samba! Samba! Samba! (ê) A voz da resistência impera Salve a minha Mocidade! Com prazer sou Elza A flor da favela Eu canto Pra saciar esse meu apetite E o pranto não silencia O que sai da garganta Da lama o verbo mais louco Encontra a lata E Santa da água que faz aquarela Voz de rouquidão singela Passado Que a ferro e fogo foi forjado A carne mais barata do mercado Fez de mim mulher menina Sina Tanto apanhar da vida Beijo do destino, a sorte Dor que me tornou mais forte Virei a denúncia, o pé na porta A decepção de quem não suporta A voz dos sem voz, de gente sem nome De tantas Marias do Planeta Fome Sou eu Resiliência em meio a tantos nãos Meu sobrenome é revolução Eis aqui o teu avesso que aflora Meu nome é agora E agora nós vamos à luta Quebrar as correntes Tornar nossas Nildas mais independentes Ser crença e fé ser o que quiser Sou a Deusa dessa gente Tenho a cor que incomoda O revide inteligente Dos que estão fora de moda Sou a Deusa dessa gente Que das cinzas toma rumo O poder em verde e branco Pra sambar no fim do mundo