Sobô nirê mafá Arreia mensageiro da jurema Falange de Malunguinho Tira estrepe do caminho Pra Viradouro entrar em cena Sou negro banto que não aceitava grilhão A liberdade conduzia em minhas mãos Entrei na mata ferido de morte O encantado me acolheu Curou as feridas brindou minh'alma Tornou-me um dos seus Subi no altar ornado de penas E no vento galopei A sabedoria dos pajés herdei Na mata tem um caboclo Com a preaca na mão O nome dele é Malunguinho Não mexa com ele não Na mata tem um caboclo Com a preaca na mão Sou reis Malunguinho Não mexa comigo não Triunfá triunfei Sou corpo do vinho sagrado Na fumaça e catimbó sou rei Nos caminhos enfermos curados E na expansão da consciência O invisível transcende a ciência Estrela que minha gente alumia Toca o alujá ligeiro E a festa principia Roda de coco, gira e maracatu Quebra a anca caboclinhos Na proteção de exu