Marcelinho

Malunguinho: O Mensageiro de Três Mundos

Marcelinho


Sobô nirê mafá
Arreia mensageiro da jurema
Falange de Malunguinho
Tira estrepe do caminho
Pra Viradouro entrar em cena

Sou negro banto que não aceitava grilhão
A liberdade conduzia em minhas mãos
Entrei na mata ferido de morte
O encantado me acolheu
Curou as feridas brindou minh'alma
Tornou-me um dos seus
Subi no altar ornado de penas
E no vento galopei
A sabedoria dos pajés herdei

Na mata tem um caboclo
Com a preaca na mão
O nome dele é Malunguinho
Não mexa com ele não
Na mata tem um caboclo
Com a preaca na mão
Sou reis Malunguinho
Não mexa comigo não

Triunfá triunfei
Sou corpo do vinho sagrado
Na fumaça e catimbó sou rei
Nos caminhos enfermos curados
E na expansão da consciência
O invisível transcende a ciência
Estrela que minha gente alumia
Toca o alujá ligeiro
E a festa principia
Roda de coco, gira e maracatu
Quebra a anca caboclinhos
Na proteção de exu