Cai a chuva Pensamentos deslizam sobre o asfalto Que molhado reflete Tudo o que existe acima Me torno impermeável Sou gotas espalhadas, sou chuva Andar já não é a solução Não vou voltar ao ponto de partida Num deserto submerso E eu me resumo em versos Nessa poesia que eu vivo E se eu voltar, não Não posso me culpar assim E se eu pousar meus pés no chão Onde me levarão A janela Tela infinita em preto e branco E eu colorindo Meus olhos pincéis canto a canto No contraste que se destaca Nas cores que me aproximam Andar já não é a solução Não vou voltar ao ponto de partida Num deserto submerso E eu me resumo em versos Nessa poesia que eu vivo