Tão dispersa de rotina, apreensiva e sem lugar Diazepam e cinta-liga desejando se doar De camisa mal passada com a mente alterada Na carteira outra cartela, pra se bandear Quis ser de alguém, ou de quem quiser Pra ser seu também, só se for dessa mulher Pôs a máscara, se aprontou pra se causar Põe a roupa, só depois que ele tirar Se esconde ou se mostra Se ausenta ou se importa Dar as caras sobre a mesa Mesmas cartas, rei e dama Devaneio à mesma trama E quer saber se é o mesmo drama Pra acabar na mesma cama Ser amor ou ser banal Ser alento ou casual Alivia a fantasia e se esquiva Conto de farsas, baile de máscaras Então me diz Quem nunca foi buscar sua certeza lá, pra estar certo aqui O querer bem, ter um bem, e ser o bem de alguém Pra transbordar de si