Nada como ar puro e tépido de carburador Lentidão te acompanha, seja onde for Talvez seja pra você olhar as vitrines que querem te conquistar Ou será que é só mais um querendo te roubar No final você acostuma, até usa Que o diga as altas saias da calçada imunda Os covardes dizem vida fácil Se fosse fácil elas não teriam uma ponta no sapato Todos com tanta pressa acham que são felizes Mas sem prioridades de escutar o que dizem Que preenche o vazio que sentem Isso é só Paisagem das águas não reluzentes E quando cai a chuva, se é que se permite Dão alô, como se a nunca vissem Cidade não para para ser amada Pra ser maltratada Pra ser rabiscada em muros Pra ser pintada em quadros Pra iluminar o escuro