Vinil, negro Azul, frio Carros, vermelhos Riso, loiro A rasgar o azul frio da noite Velozes carros vermelhos disparam poderosas explosões de luz Ao volante das selvagens viaturas Percorro as rijas carnes da volúpia em contorções libidinosas Estala um nervoso riso loiro Chicoteando perversos olhares de nicotina e sangue E um grito rouco escapa-se Por entre as unhas que sulcam e ferem e matam Ao ritmo do limpa-para-brisas Uma ruiva atravessa a rua espartilhada em vinil negro Danada impudicícia esta De tudo querer morder em delírio animalesco!