Pachamama, que beleza Tellus, Gaia, realeza Terra Terra, quem me dera contê-la, guardá-la No vaso de minhas mãos Pudera, cuidava, zelava Num bonsai, mas cabe não Escorre entre os dedos como água Destrói os desejos como lava, pedra sabão Enterra meus medos, arrasta as mágoas Encerra segredos, revela as farsas e toda ilusão Torres vêm ao chão, reinos E cada civilização perde a casa Todos tornarão ao pó e a vasa Nossa condição: O ser e o nada Me torna semente, terra magma E os meus descendentes, mãe das águas, flor em botão Me toma em seu ventre, sal de lágrima Por todos seus entes e toda mácula, peço perdão