Subterrâneo se diz Contemporâneo pois não Por onde eu piso se abre o chão Subterrâneo se diz Contemporâneo pois é Quando esse abismo na sola do pé Desconfio De almas que não se atropelem Dou um salve Aos anjos com asas de mãos Subterrâneo na testa O Sol casquinha meu pus E a britadeira fecunda a fresta Contemporâneo na veia Vou procurando uma luz Mesmo no bucho de uma baleia Desconfio De almas que não se atropelem Dou um salve Aos anjos com asas de mãos