Do meu Mato Grosso estou tão distante É tão grande a saudade da terra altaneira Saí desgarrado pelo mundo errante Mas meu coração ficou na fronteira Recordo saudoso a Lua banhando As águas serenas do rio Paraguai Aquele aguapé mansinho rodando Como despedindo descendo as águas pra longe vai Fique sabendo que dividiram a minha terra Mas as belezas de Mato Grosso sempre será Ninguém divide o ideal de um povo forte Que tem na mente o grande poder de multiplicar Recordo as manhãs na beira do porto Quando o Sol surgia colorindo as águas Hoje aqui distante vivo no conforto Mas meu coração é cheio de mágoas Pretendo rever aquele vapor Que todos os dias no cais ancorava E a bordo trazia o meu grande amor A paraguainha, menina linda que eu tanto amava Fique sabendo que dividiram a minha terra Mas as belezas de Mato Grosso sempre será Ninguém divide o ideal de um povo forte Que tem na mente o grande poder de multiplicar