Vê minha gente Quanta graça do infinito Oi que milho mais bonito Que beleza de feijão Até o pasto Tão viçoso e tão verdinho Parece que tem carinho Em tratar da criação E o pomar Sombreiro convidativo Dá impressão que tem motivos Pra cobrir o chão de flor Todos os anos Com seu jeito bem matuto Se orgulha em dar o fruto De legítimo sabor Isso que é vida, minha gente Isso que é vida Vivemos no paraíso Bem distante da cidade Aqui na roça Não existe correria Vai a noite, vem o dia Na maior tranquilidade Ouço a cantiga Dessa água cristalina Que desce lá da colina E vem formando caracol Aqui dá gosto De olhar pra toda a banda De sentar-se na varanda Para ver o pôr do Sol Aqui se toma Leite quentinho da serra O alimento vem da terra Bem fresquinho e bem sadio Quando o inverno No horizonte se desenha Temos o fogão à lenha Pra nos aquecer do frio Isso que é vida, minha gente Isso que é vida Vivemos no paraíso Bem distante da cidade Aqui na roça Não existe correria Vai a noite, vem o dia Na maior tranquilidade E esse silêncio Essa brisa fresca e calma Faz bem pro corpo e pra alma E nem se fala em poluição No mês de junho Tem festança na igreja Muita moda sertaneja E arremate de leilão E a criançada Pode correr à vontade Coisa que lá na cidade Não se deve confiar Sinceramente Digo com toda a certeza Que a paz é a maior riqueza Que se pode conquistar Isso que é vida, minha gente Isso que é vida Vivemos no paraíso Bem distante da cidade Aqui na roça Não existe correria Vai a noite, vem o dia Na maior tranquilidade