Vou falar da estância mais linda do mundo pena que mal administrada A impressão que eu tenho é que o estancieiro morreu E ficou a viúva com a com a gurizada que não entende nada. Cada dia que passa vende um pouco dela e cada pouco que vende E como se arrancasse um pedaço de mim Porque nessa estância eu nasci e me criei É como se fosse minha. ela é a minha, é a minha pátria. O manso e o domado é tão sempre pegado O xucro e o aporreado tão sempre invernado Estância que não tem campeiro agarrado O xucro anda solto e o manso pisado. A estância que eu falo é da dona brasília Terneiro abaixado e a cerca caída Gerente safado não roubam de pouco Cavalo folgado é só velhaco e potro. Essa estância é tão rica que se o gerente deixasse de roubar Vinte e quatro horas a estância já se endireitava. No vai e vem de uma ronda comprida Conheço a tropa e os tropeiros também Mas os tropeiros da dona brasília Eles só entendem é do vai-e-vem.