Já disse o poeta Cada favelado, é um universo em crise E o universo é confuso Se mija lambe Ódio, amor, prazer andando junto Meu universo é confuso Eu confio mas desconfio de todo mundo Coração de vagabundo Confuso confusão eu vou a milhão Agarrado na direção vacilo, contra mão Confuso tou eu tá você irmão Tá todo mundo ai, querendo ou não Pensamentos voando na contra mão O que mim resta e juntar as palavras que estão Quase apagadas nas placas da vida Vou seguir a seta certa pra achar minha saída Essa viajem começou Quando eu nasci e até hoje eu não sei Quando será o fim, vou seguir Dando carona pra quem merece Nessa jornada, muitos agradecem Outros esquecem, não vou mim arrepender No final quero chegar Sem mim acidenta, em segurança No porta luvas lembranças, de quem chegou Ao fim da viagem, eu também to de passagem Sou passageiro e ao mesmo tempo motorista De olho na pista pra não deslizar A frente acidente, desculpe, não posso para Se você tá confuso, tente se ajudar, tem que acelerar! Ódio, amor, prazer andando junto Meu universo é confuso Eu confio mas desconfio de todo mundo Coração de vagabundo Natureza, arvores enfeita a janela Bota fé, tudo ali é bica favela Morro, sobe gente, vai e vem molecada Falta praça, doce, quanta gente amarga Quem vai desmerecer quem batalha? Estrada errada, beijando ponta de faca Na sacada os loucos quer ver o fim amargo De todos nos la´no barraco. Ódio, amor, prazer andando junto Meu universo é confuso Eu confio mas desconfio de todo mundo Coração de vagabundo Salve zona norte chegando pesadíssimo, e isso mesmo Chega Djoseman Universo complexo, distorcido reflexo As vezes olho perplexo, vária coisas sem nexo Turbilhão, comoção penso logo indexo Puta confusão e eu só queria sexo Eu já perdi rumo, já perdi prumo Não injeto, não cheiro, bebo ou fumo Me concentro e de repente sumo Que caminho pegar, onde que eu vou para? As vezes penso tô bem, outras chorar Ódio e amor se miram, flertam Se precisam, se apertam Nos ensinam, nos afetam O prazer está no domínio, na precisão Trombam o desconhecido, homens viram bundão Homens são meninos, meros sobreviventes Sempre dão mancadas, sabe de nada inocente Ódio, amor, prazer andando junto Meu universo é confuso Eu confio mas desconfio de todo mundo, coração de vagabundo