Ora, muito bem, conseguiram parabéns Eu, jamais, em seu lugar, acharia onde encontrar Um assunto pra viver que não fosse o meu querer Isso, eu sei de longa data, tanto assim, que nem tentei Seduzir a lei Dessas gravidades demonstráveis pela dor Algo como aqueles que Só matam pela flor, matam pela flor, se matam pela flor Ora, muito bem, conseguiram sublimar Com a virtude de esquecer, desintegrando no ar As montanhas de paixão, logo após às minerar Carregando seus garimpos como circos sem amor À luz de um trator Abrindo picadas por atalhos e desvãos Algo como aqueles que Só matam com as mãos Matam com as mãos, se matam com as mãos Ora, muito bem, mas me vens perguntar Se é possível conviver nesse sistema solar Com adubos de razão, sem ao menos se sujar Com as ideias pelo chão, ainda frescas por cegar Ou se equilibrar Nesse imponderável lamaçal que a chuva fez Algo como aqueles que Só matam de uma vez, matam de uma vez, se matam de uma vez Ora, muito bem, a resposta vai tardar O que dura um céu azul ou um verde azul de mar Mas que venha se vier, que me encontre num lugar Onde eu possa ouvi-la inteira e por ela comprovar Que viver assim É o melhor assunto pra quem teima em vir a ser Algo como aqueles que Só matam no poder, matam no poder, se matam no poder