Deixa eu beber dessa água, senhora rainha daqui Que o coração tá com sede e não pode parar Porque parando imagine, senhora rainha, é o fim Quem vai rodar meu moinho, quem vai farelar? A eternidade do trigo se transforma em pão Pra alimentar a vontade da gente viver A eternidade da vida que é vida não sei nada não Só quem andou do outro lado pode dizer Venho dançar meus pecados na brasa do chão Venho pular a fogueira de toda ilusão A desejada que um dia ficou prometida Agora quer se valer Agora mesmo, senhora rainha, que sou eu De qualquer forma, atrevida senhora, sou eu A desejada que um dia ficou prometida Tá viva, como é que não?