Um é pouco, dois é bom, três é demais E nesse caso já no dois, andou pra trás Falando em dois, esses dois aí, rapaz São vinte anos revezando o mesmo cais Fingindo briga e querendo sempre mais (do mesmo) Se revezando no poder, governando pros amigos Mas o povo meu querido, tanto faz Que fique à mingua, na miséria (na miséria) Sem escola, hospitais, à mercê da violência meu estado aqui jaz Eu sou do povo, a maioria, era roubado e não sabia Mas agora eu descobri e eu não te quero mais Eu segui a minha luta, dia a dia na labuta nunca tive uma ajuda de nenhum filho da Chega de sofrer, chega de morrer, na esquina Na rua ambulância, esperando em vão Atenção decente, ser tratado como gente Sou cidadão Tá na hora de sair meu irmão, desse casarão Ele não é seu não, ele é do povão