Mallana

Hoje

Mallana


Hoje já não se compara como antigamente,
Era vivo, mas a solução atual era morrer,
Graças a Deus que tem a mão do Pai,
Que nos ajuda neste meu viver,
Que a humanidade deve agradecer,
Por ainda sobreviver aqui.
Tempo que cobre o tempo sendo um momento de cada vez,
Olhem vocês, e comparem com a vida do lado de cá,
Mundo burguês, repare o que tenho pra falar,
Bem vindo ao lado B da vida!

Lado predominante, inconseqüente,
Quente até queimar por vós, cicatrizar o ferimento,
Causado por desigualdade social,
Desmoronou o mundo negro rio abaixo,
O bem reinou.

Tentando falar em gesto de canção,
Você tentando ouvir a mensagem passada,
Por querer progredir uma vida sensata,
Uma vida sofrida tentando acobertar a ferida,
Que está desiludida, pois se lembra,
Em que passou no viaduto e reparou,
Que sua vida foi jogada dos céus,
A graça foi recebida e tu não tens a coragem,
De levantar a mão e agradecer ao Pai-do-Céu.
Iluminar! Pois este mundo sabe o que fazer pra melhorar,
Será melhor agir ou esperar, abra os olhos e vê se pára de sonhar,
Pois com o capital que não sai do lugar,
Contaminação de ar, poluição do paladar somente vem julgar,
Aquele povo que vive do lar, lado de lá, sem ideais,
Sobrevivência a quinhentos Reais:

Pessoas morrendo de fome,
Que não sabem soletrar o nome da cidade onde se esconde,
Por barracos, em favelas que estão desmoronando,
A chuva cai, a terra leva sua mulher, seus filhos e seus planos,
Os dedos fartos de calos, mãos de trabalhador,
Que soa, encharca sua camisa, que sente muita dor,
Pois com o povo o mundo não leva rancor,
Raça privilegiada que só guarda o amor.