Hoje já não se compara como antigamente, Era vivo, mas a solução atual era morrer, Graças a Deus que tem a mão do Pai, Que nos ajuda neste meu viver, Que a humanidade deve agradecer, Por ainda sobreviver aqui. Tempo que cobre o tempo sendo um momento de cada vez, Olhem vocês, e comparem com a vida do lado de cá, Mundo burguês, repare o que tenho pra falar, Bem vindo ao lado B da vida! Lado predominante, inconseqüente, Quente até queimar por vós, cicatrizar o ferimento, Causado por desigualdade social, Desmoronou o mundo negro rio abaixo, O bem reinou. Tentando falar em gesto de canção, Você tentando ouvir a mensagem passada, Por querer progredir uma vida sensata, Uma vida sofrida tentando acobertar a ferida, Que está desiludida, pois se lembra, Em que passou no viaduto e reparou, Que sua vida foi jogada dos céus, A graça foi recebida e tu não tens a coragem, De levantar a mão e agradecer ao Pai-do-Céu. Iluminar! Pois este mundo sabe o que fazer pra melhorar, Será melhor agir ou esperar, abra os olhos e vê se pára de sonhar, Pois com o capital que não sai do lugar, Contaminação de ar, poluição do paladar somente vem julgar, Aquele povo que vive do lar, lado de lá, sem ideais, Sobrevivência a quinhentos Reais: Pessoas morrendo de fome, Que não sabem soletrar o nome da cidade onde se esconde, Por barracos, em favelas que estão desmoronando, A chuva cai, a terra leva sua mulher, seus filhos e seus planos, Os dedos fartos de calos, mãos de trabalhador, Que soa, encharca sua camisa, que sente muita dor, Pois com o povo o mundo não leva rancor, Raça privilegiada que só guarda o amor.