É de noite e a minha foice já está afiada Mente aberta rima pronta e viola afinada Vou dizer com quantos paus se faz uma canoa Eu já serrei a madeira, tô noutro lado da lagoa Porque o ritmo comigo tá ligado que é sinistro Sem irradiação ionizante sempre em paz de espírito O crucifixo está na esquina sempre para fixar Evitar a caçada sem ver a cobra fumar A loucura que te afeta você tolera E sempre empesta o cheiro da vingança Que murcha as rosas cor-de-tarde Louco esta noite pedirão a tua alma Medalhas lembranças águas que jorram para a represa da vida Troféus de lata que levam para casa se não vencer essa guerrilha Enquanto tu marchas no infinito vira uma excelente hipocrisia Que chega à princesa como tristeza embrulhado com uma fita Usando seu vício, respirando o líquido, deixando a fumaça Injetada E os grãos dos seus princípios sufocaram com lençol Depois não diga que não viu por que estava com terçol Tenha sossego, descansa em paz Sua gravata está manchada Seus olhos viram cinzas E suas crianças riem até saírem lágrimas Porque você não quis ficar em casa curtindo com sua cultura e luxúria Ouvindo a canção que embriaga