No vão da estrada aberta Um Sol ardendo em brasas Estou vindo de volta Sem direção de casa O vento varre e corta no raso da catarina Agora me ensina como eu voo sem asas Na placa há uma seta Pra quem nunca zera a reza Sem planos e sem metas Sei que algo me escapa Nas veredas mortas vi rastros da seca Agora me explica seguir rotas sem mapas Quando a febre aumenta E a carne é mais fraca O corpo ainda reluta Mostra a ouvir o que não se escuta Ao pé de parede sem porta Um vale de cova rasa Quando até a paz aborta Quem é que atravessa a faixa de gaza?