Lisboa, canta-me um fado Lisboa, canta-me um fado E vagueia pelas esquinas Nas noites de solidão Faz-me viver o passado Amanhecer com as varinas Na ternura dum pregão És velhinha mas bairrista Nos teus bairros há saudade Minha trova predileta És mãe de qualquer fadista Nostalgia que invade O coração do poeta E por isso eu não te esqueço Lá p’las sombras da Moirama Do meu viver magoado Quem sabe se não te peço Quando passares por Alfama Lisboa, canta-me um fado!