Levando o vento no peito Pelo pampa um dia andei Alargando os horizontes Que eu mesmo redesenhei E os mapas que risquei À lança e ponta de adaga Estão nas folhas dos livros Que a memória não apaga Um dia deixei o campo Porque o campo me deixou No pasto perdi o rastro Que o vento norte apagou Morador dos corredores Deixei pra trás Horizontes Herdei a fome das vilas E a quincha nua das pontes Um dia volto à querência Para cortar sesmarias E um novo canto da terra Cantarei nas pulperias Desgarrados, boias-frias Encontrarão nova trilha E os direitos sonegados Virão à sobrepartilha