Eu sou forçado como? Se eu nasci aqui Não vou negar quem sou E eu já falo assim É sobre ser quem é E tu não vai decidir Deixa da tua lusa E para do teu pantim O nordeste me veste por dentro e por fora Meu povo não para é pau pra toda obra Eles finge que não nos vê, nos ignora Nunca vão entender o que é tareco e mariola Não vem com essa vozinha safada Esse teu jeito não me agrada Esse sotaque é engraçado Não tem nenhum dos nove estados Esse aí eu nunca vi Nós emenda o bigode Não importa o que eu escrevi O caranguejo tá na caça Sempre do faz-me rir A gente veio das brenhas Mas também tem o jet ski Eu vou levar essa sudestina Pro são João de petrolina Vai conhecer minha família Vai provar meu mungunzá Vai ser difícil pra ela Assistir aquela novela Que não parece uma parcela E de mim não se lembrar Eu odeio explicar gíria Me sinto crioulo Esse boy é tabacudo Não tem desenrolo Se tu não sabe o que é isso Só fez papel de bobo Eu já passei foi muita fome Eu quero um pedaço do bolo Vocês se inspira em mim Mas nunca vão admitir É tipo slipknot copiar a nação zumbi Com a minha galega eles tentaram bulir É melhor cês se ligar nesse chapéu de touro aí Lugar é de outra região Que não sabe onde eu corro Querendo me ensinar como falar, me dar esporro Tá esquecido que a cidade dele eu construí É a mesma coisa do poste querer mijar o cachorro Sossegue o facho Se avexe não Isso não é mídia Tudo ilusão Aqui acontece tudo Inclusive nada A porta dormiu aberta E hoje a bolha foi furada Paro ano nós tira a braba lá nas novelas das oito No papel principal sem tem que imitar os outros Indo e vindo, indo e voltando meu sotaque é gostoso Valsa e carrasco me chamou de cabuloso Eu sou forçado como? Se eu nasci aqui Não vou negar quem sou E eu já falo assim É sobre ser quem é E tu não vai decidir Deixa da tua lusa E para do teu pantim