Eu sinto coração, fígado, neurônio, costela, rim Dos pés à cabeça me sinto por dentro de mim E é quando não penso A verdade é burra Encaro trabalho dobrado, caio na noite rindo O corpo, a pele A roupa agora é tudo que sinto Só existe pecado onde existe culpa Eu sinto o espírito, as tripas, os cílios e sonhos também Momentos são elementos do vento nas mãos de alguém Mas faço o tempo parar E as coisas são só as coisas E o mundo é de brinquedo E o fundo guarda segredos Que às vezes vêm à tona respirar Pessoas são como cores nas telas de falls e truffaut Pessoas são ferramentas, moedas de vário valor A saudade é sépia A vontade é rubra Eu sinto o espírito, as tripas, os cílios e sonhos também Momentos são elementos do vento nas mãos de alguém Mas faço o tempo parar E as coisas são só as coisas E o mundo é de brinquedo E o fundo guarda segredos Que às vezes vêm à tona respirar Abra-te sésamo, abro-te meu coração Morro de medo de ser mais um na multidão