Eu, o porteiro do edifício Sempre no serviço E ela só no social Ai, ai, ai, ai, ai o amor é o proibido Ela entra e eu fico separando o jornal E levo ‘a ela flores que entorpecem De um alguém que não te esquece Este anônimo amor Mas ela pura, simples e donzela Se ofende com a ousadia Do covarde sonhador E joga as rosas As rosas na lixeira E eu passo a noite inteira Com pétalas de flor Quando amanhece Vou ver o que acontece É o jornal que não se esquece De zombar do meu amor