Em Naishapur ou Babilonia, alguma Taça, ou amaga, ou doce, sempre espuma Verte o Vinho da Vida, gota a gota Vão-se as Folhas da Vida, uma a uma Ah, vem, vivíamos mais que a Vida, vem Antes que em pó nos deponham também Pó sobre pó, e sob o pó, pousados Sem cor, sem sol, sem som, sem sonho, sem Inferno ou céu, do beco sem saída Uma só coisa é certa: Voa a Vida E, sem a vida, tudo o mais é Nada A flor que for logo se vai, flor ida