Eu fui para o Engenho do Gongo Lá bati no bombo Balancei meu mineiro Depois que fiz meu roteiro O mestre primeiro começou cantar O coco foi a noite inteira O pé das palmeiras eu vi abalar De noite ou de dia o coco esquentava A poeira subia naquele terreiro Naquele terreiro, naquele terreiro Seu Sebastião quando ele chegava A ordem que dava naquele terreiro Balançava o mineiro, cantava a melodia A mulher respondia dançando em chão batido Fazia fogo pra esquentar o coro Do bombo desafinado Um dente de cascavel num bojo infincado Quem vinha do outro lado só escutava o gemido