Eu tô no chão Mas o coturno não acerta minha boca Eu tô no chão Meu sangue suja essa farda imunda Foi um dia de merda no trampo Puta que pariu só voltava pra casa Eu não reagi, tudo escureceu Foi sem geral, o estado me escolheu O réu sem defesa, nesse tribunal Da periferia, é pela capital Todos os dias a cada 23 mim um jovem negro É assassinado pelas forças policiais do estado brasileiro A caça é implacável Tem cor, classe social Mas nós não vamos morrer Eu tô no chão Mas o coturno não acerta minha boca Eu tô no chão Meu sangue suja essa farda imunda Foi um dia de merda no trampo Puta que pariu só voltava pra casa Eu não reagi, tudo escureceu Foi sem geral, o estado me escolheu