Sim, tenho mesmo muito que aprender com você Perdoe minhas mil limitações É tão bonito o dom de surpreender Surpresas são melhores que lições Só estou tentando ser alguém mais forte Mas cada vez que tento lhe abro um novo corte Não, eu não venho aqui pra lhe jogar confete Mas não me peça não... Pra que eu seja como a ti Precisaria de outras tantas vidas E ainda assim seria impossível E ainda tento enxergar pães em pedras E espero às vezes que os anjos me salvem E quero às vezes liderar a guerra Eu deveria dar a outra face E ainda nego repetidas vezes também E ainda preciso sim... Ver seus ferimentos Ver no seu punho a cor da carne viva O atestado óbvio do seu sofrimento Pra crer no que já é mais do que claro E, embora saiba da incredulidade Nunca me deixe afundar nessa vida Me mande alguma luz por algum feixe Perdoe minha fé adormecida Me mostre onde se escondem os peixes Por fim lhe agradeço por me abrir os olhos pra ver Que não há glória ou nada de santo nas guerras Que nada se pode levar dessa terra Além das poucas coisas que nos chegam à alma