Dentro da noite surda e fria O tempo se perde sobre olhos marejados de lágrimas Toda a força que impele caiu sobre a maldição Toda esperança é dúvida embalada de ódio e melancolia Ainda que supliquem a alegria e o amor, Todos os ímpetos que sustentam a vida Se despencaram nas escadas da ambição Sendo amarguradas de ilusão Impera a profetizada esfera da morte E onde estás vós, cavaleiro das cruéis buscas Tais profetas do orgulho enterraram-se na solidão, Assim, em infinita brevidade Abaixa estes escudos diante da força que vingo Na deslumbrante terra ferida este prólogo O eterno castigo por sangrar o disco do fogo esplêndido Expele ó meu bravo guerreiro estes eriçados espinhos Não vês, infesto, o quanto tua carne está ferida Olha tuas trágicas armaduras, cenário de luta pusilânime Ainda não é tempo de abandonar teu corpo frio Rogai pelo orgulho de vossa alma Curai a ferida e em brevidade lutai Dentro da noite surda e fria Os sonhos se perdem e o fim da jornada inicia-se Com um novo pesadelo ímpio os sentimentos se dissolvem Na Tempestade