Ela tem nome de santo que é pra confundir Vem gente de todo canto afim de progredir Tem beleza e encanto que é pra atrair, não vai fazer cara de espanto se ela te trair Porque ela não é de ninguém, é de todo mundo Pra ela cada emoção dura um milissegundo Não se emociona não que o coração é vagabundo, bate na sola do pé, coração vagabundo Às vezes arranha-céus, às vezes é favela Das avenidas famosas aos becos e vielas Marginais livres, como tem que ser, atravessa as madrugadas É que com ela ninguém dorme, bandida! Ela roubou a cena e sumiu na neblina Independente, ela não faz sócios Não é nada pessoal São apenas negócios Ela tem seu teste de qualidade, milhões de sonhos, milhões de oportunidades Da Sul a Leste, milhões de identidades Da Norte a Oeste em alta velocidade Margina-na-nai-nai-nais livres (Vem pra minha cama, amante do drama) (Finge, te abraça, te rouba e te mata) (Se o que ela quer mesmo é sensação de poder) E eu também sou um desses que sai de onde eu tava pra ver se eu achava e sentia o que lá não encontrava Atraído pela possibilidade de viver além da janela, peguei meus sonhos e fui ao encontro dela Ela inicialmente não parecia distante, mas com o tempo o abismo foi ficando gigante Paradoxo Depois eu notei que o que eu amava nela era o mesmo o que eu odiava bastante Grandiosa, sensual, arrogante, ansiosa E ambição desenfreada a deixou gananciosa Me apontou alguns caminhos, me mostrou vários espinhos e me ensinou que no fim das contas eu sempre tô sozinho Transpirei pra num parar, respirei pra num pirar A vida é um rio e tudo tem curso, aprendi na marra que fugindo de si mesmo não se completa o percurso Margina-na-nai-nai-nais livres (Vem pra minha cama, amante do drama) (Finge, te abraça, te rouba e te mata) (Se o que ela quer mesmo é sensação de poder)