Pés descalços, gavetas reviradas, uma objetiva ao léu Cabelos em nó, isqueiros pelos cantos, um feixe de luz qualquer Hoje já não é mais uma moleza Viver tão perdido, ficar sentindo Só quem nasce nessa natureza Sabe quanto é muito pensar em ter Verde os olhos, fechados e puros, canecas e copos no chão Pernas de fora, calças reviradas, cordas do meu violão Hoje já não é mais uma moleza Viver tão perdido, ficar sentindo Só quem nasce nessa natureza Sabe quanto é muito pensar em ter Mais nada que sossego, um dia por vez Uma noite em claro não é nada Sem medo dos seus erros, sentir o que fez Vou cantar um blues e esperar meu trem chegar