Eu sou aquilo que você fingiu não ver ou apenas se acostumou. e ainda estou com fome numa terra de ninguém onde ninguém parece ter algo pra dar. E sobrevivo com um filho da nação . a nação do futuro, de estômagos vazios, de lares destruídos por um sentimento de revolta que explode a toda hora e não nos deixa ser feliz. Eu vou sair pela cidade procurando algo em que possa acreditar . e ainda estou com sede de mudar tudo aquilo que ainda insiste em oprimir esse lugar. em algum beco me perdi na escuridão, mas encontrei motivos, calados e sofridos, na parte esquecida de uma sociedade destruída por pessoas escolhidas e eleitas por você. Dizem que essa terra é do povo, que essa terra é de todos, mas ninguém nunca fez nada por aqueles que aqui vivem e sobrevivem heroicamente dia a dia, sol a sol... nessa terra de ninguém.