Eu danço em utópicos flashes de mescalina Não faz mal Eu apago as luzes me vejo no escuro Brilhando como uma pedra Uma pedra azul de brilho forte Capaz de dissolver sua carne em dois segundos caso não me olhe novamente Eu espero que você caia Sem fim Sua chama ainda queima Em minha pele tão surrada Minha mente ainda teima Em sangrar por sua espada Sua chama Minha pele Tenho coágulos no cérebro São lembranças de um passado virtuoso pouco esquecido Às vezes me chamam a atenção os azulejos e as paredes Talvez os quadros pendurados Ou as placas com números sem rumo São a somatória do nada Uma estatística bizarra Tentando traduzir uma forma Incompreendida por nossa mente incapaz Incompreendida por nossos valore mundanos Talvez mais que eu Incompreendidos pelo universo Somos a sombra do que nunca seremos O inferno astral de nós mesmos A utopia guardada como jóia valiosa dentro de um baú Feito de madeira de lei Roubada de floresta obscura, de mata virgem Plantada no seio de alguém que acredita na dança De alguém que ainda dança por acreditar que seus movimentos podem manter alguma vida em algum coração (Me espera lá fora Antes que eu fuja e nunca mais resolva voltar Sim eu tenho pressa de fugir Talvez eu queira ir tão longe quanto você nunca imaginou Talvez eu enxergue no seu espelho mais do que você pode enxergar na sua TV é Eu ouço sons Os sons que fluem da sua pele Tão brilhantes Carinhosos Afagam um coração sedento Um coração sedento de emoções Que pede pelo sono Que quer adormecer Embora às vezes eu ache que durma demais Meu sangue é doce E eu sangro Meu doce é letal Letal como eu sou ninguém mais pode ser Letal como eu sou ninguém mais quer ser Letal como eu sou ninguém merece ser)