Éita, que o fole roncou No alto da serra Subiu poeira da terra Chegou Lampião Com seu borná carregado De ouro e cachaça E veio fazer uma dança Nesse interior Éita, que o fogo na serra Vai ser uma farra Tavam limpando o terreiro E mataram um boi Do outro lado da terra Tremeram as estradas Atraso do sanfoneiro Chegando depois Mesmo no meio da fumaça Já se deslumbrava O corpo de Virgulino Com fuzil na mão Do outro lado Luiz Com sorriso no rosto Iluminado de fogo Vestindo um gibão Naquela noite se unia A vida com a morte Naquelas grotas do norte Vadeia o Cancão Na força de Virgulino O Rei do Cangaço E o solo do fole afinado Do Rei do Baião