(O velho peão e o tempo) Toda vida caminha para um fim De eterno só fica meu jardim Que deu flores Jamais me esqueceu Ele é a testemunha Mais precisa do que eu Os amores que eu tive eu já deixei E a pimenta que eu comi já me ardeu A esperança de uma vida boa Eu larguei no caminho para alguém Que nunca me esqueceu Sou um velho peão, poeta Que ainda traz na testa Um sol dourado Que caminha pelos campos E ainda faço montaria Qualquer dia Seja santo ou feriado... Sebastião Quando o sol da manhã Não mais brilhar E o horizonte lá na frente Acinzentar É que o sol perdeu um raio seu Nesse dia vou deixar este lugar E pra aquele que ficar Adeus!