O filho mais velho sai a trote largo Pra busca a partera num rancho da vila Leva de a cabresto a gateada madrinha Que arrastava água na safra da esquila A Dona Zulmira já ajeitava tudo Cambona com água e uns lençol lavado Umas vela acesa, uma reza gaúcha E uns pelego bueno num berço ajeitado É uma légua e meia da vila pra estância Pobre da partera se asso do selim Num trote muy ancho de marcá ranchera Se escuta o sincerro num tir-rim tim-tim Já dentro do rancho a partera se apruma Se lava, se benze e põe na mão um breve A oração escrita e guardada num pano Dá força pra mãe para que não se entregue A sinhá Maria esperava na porta Do quarto do rancho pra escutar o choro E ali no más um grito dizendo que é macho E em seguida um berro igual berro de touro Esse vai ser bueno, nasceu na minguante! Dizia a partera secando o Vicente Enterrem a placenta dentro da manguera Que é pra ser um índio campero e ginete Nesse trote largo de marcar rancheira Se falou de um parto feito na campanha Aonde o umbigo é cortado à faca E a dor se tira com um trago de canha