Vejo cruzarem os dias de ausente alegria a se derramar Longe de um peito tapera a bela e um rancho a me esperar Tão rude é o duro do chão e o meu coração tem sede de andar Pairando a fronteira a estrela boieira a me acompanhar Sinto o mundo invertido como tento perdido em trança de seis Neste olhar embargado enfrenando o passado vou chegar no fim do mês Enxergo enfim teu lindo jardim ardendo em flor Lá onde pisando hortelãs em muitas manhãs trocamos amor Te entrego m'alma agora ela é tua Meu quarto de Lua já vejo teus traços Sofro tua ausência serei sempre querência Pra habitar teu abraço