No findar de mais um dia Descanso o corpo judiado Lembrando que ainda pouco Costeava de freio um potro Num corredor de aramado Outro inverno feito tantos O galpão meu universo O mate acalanta a alma E vou sorvendo com calma E tracejando alguns versos Me agrada o quieto da noite Depois do mate lavado Eu presto mais atenção Que no interior do galpão Vive o presente e o passado Alguma memória ou outra Que inté parece um assombro Talvez seja algum pecado É qual um poncho encharcado Pesando mais sobre os ombros A melena já tordilha No rosto, marcas da lida As mão bordadas de calos De tanto golpear cavalos É bem assim minha vida O que o verso romanceia Nem sempre é tão bonito Mas bendigo a minha sina Tendo cusco, pingo e China Me basta à não ser solito