Tom: C C G C No sertão onde eu morava no tempo da mocidade, G C Trabalhava na fazenda e não tinha liberdade, Am Dm G C O patrão tinha uma filha, era linda de verdade, C7 G F C Apesar de muito rica tomava banho de bica G C G C No riacho toda tarde... C G C Quando eu fiquei sabendo escondido ia espiar, G C Ver aquela formosura toda nua a se banhar, Am Dm G C Chegava a secar os olhos de tanto nela olhar, C7 G F C Eu detrás do pé de angico achava tudo bonito, G C G C A vontade era tá lá... C G C Um dia de tardezinha para lá eu saí correndo, G C E ela tomando banho não viu que estava chovendo, Am Dm G C Uma enchente traiçoeira pelo rio ia descendo, C7 G F C Veio de encontro com ela, arrastou o corpo dela, G C G C Já estava quase morrendo... C G C Eu saltei desesperado do barranco onde eu estava, G C Peguei ela nos meus braços já quase não respirava, Am Dm G C Fiz massagem e boca a boca lentamente ela voltava, C7 G F C Retomando a consciência com toda a sua inocência, G C G C Para mim ela perguntava... C G C O que foi que aconteceu, o que está fazendo aqui, G C E cadê a minha roupa eu tenho que me vestir, Am Dm G C A enchente levou embora para ela eu respondi, C7 G F C Venha comigo e me abraça eu vou te levar para casa, G C G C Sozinha não pode ir... C G C Chegamos na casa dela já estava no fim do dia, G C O pai dela quando viu perguntou o que acontecia, Am Dm G C Eu tentando explicar e furioso ele dizia, C7 G F C Já que viu o corpo dela vai ter que casar com ela, G C G C Era tudo o que eu queria... C G C Reconheço o meu erro e a minha covardia, G C Mas se eu não tivesse lá com certeza ela morria, Am Dm G C Até a má intenção às vezes tem serventia, C7 G F C Hoje eu tenho aquela prenda sou herdeiro da fazenda, G C G C E querido da família...