Cabocla, se ocê soubesse Quanto meu peito padece Sofrendo tanta mardade Vancê, eu sei, não se ria Mostrando tanta alegria Vendo eu chorá de sôdade Essa sôdade marvada Que fez no peito morada Depois que ocê me deixô Como tapera caída Que foi pros mato invadida Depois que os dono mudô Vancê não sente sôdade Ri de felicidade Tem outro amor, tem prazê Eu vendo vancê contente Tenho inveja dessa gente Que não sabe o que é sofrê Mas se um dia o seu amô Deixá de sê moradô Deixá seu peito vazio Vancê não ri de ninguém Vancê vai chorá também Do seu amor que partiu Cabocla se ocê soubesse Quanto meu peito padece E o que já passei na vida Vancê roçava esse mato Que me invadiu só de ingrato Esta tapera caída Meu peito hoje é tapera Que nem parede não tem Seu moradô foi-se embora Hoje não mora ninguém Vancê cabocla marvada Deixô meu peito vazio Em seu lugar a sôdade Sabendo disso invadiu Pois eu comparo a sôdade Com a grama tiririca As foia verde se arranca Mas a raiz sempre fica O coração é morada Sem moradô não tem vida Depois que ocê me deixô Ficou tapera caída