Eu era feliz Fui fabricado em Paris Quanta coisa já não fiz Fui importado por um aprendiz Vim parar nesse pais Perdi contato com a matriz Hoje faço o que nunca quis Sou bibelô de uma atriz Olha que gracinha o meu Robô Ele tem tudo igual a um homem Ele pensa, ele faz plano Ele é sensive1, é quase humano Olha que gracinha, que fofura Ele é uma peça, uma figura Que tortura, que tortura De onde vem tal criatura Eu não suporto frescura Esse mal não tem cura Me atinge me fura É tortura pura Olha que gracinha o meu Robô Ele reclama igual a um homem Ele se mexe, se sacode Foi feito assim... pode? É bom que com Robô a gente não briga A gente liga ou desliga Não, não, não é possível Eu não mereço esse nível Eu era quase infalível Nunca queimei um fusível Agora essa voz horrível Preciso de alivio Agora eu vou por nele uma roupinha Dessas bem descoladinhas Pra ele dar uma voltinha quero ver quem advinha Quem vai junto com Robô Eu sei que ela tem medo que eu fuja Diz que a barra fica suja E outras besteiras de lambuja Esse tipo mãe coruja Me desgasta, me enferruja Vai sair comigo todo dia Me fazendo companhia Me trazendo alegria Eu não sei o que eu faria Se não fosse esse Robô Agora eu estou certo ela é louca Sua cabeça é toda oca Não consegue calar a boca Pra agüentar essa voz de foca Eu prefiro ir pra forca Olha que gracinha o meu Robô Ele reclama igual a um homem Ele se mexe, se sacode Foi feito assim... pode? E aqui vai o meu último desejo Me livrem dela e do seu beijo A única saída que eu vejo É me atirar no primeiro brejo Rô?... Rô?... Robô?... Robô? Ih?... Roubaram!